O Honda custa mais, mas inclui tração integral e se sai melhor em vários quesitos
Custo-benefício
A Honda optou no ano passado por manter a importação do CR-V apenas em uma versão bem equipada, enquanto a Hyundai seguiu o caminho oposto e abriu em três opções o leque do IX35, antes oferecido em uma só (a atual intermediária é a mais próxima da única disponível até então). Com isso, o modelo nacional parte de R$ 100 mil, mas com um conteúdo muito inferior ao do concorrente: só na opção de topo, de R$ 130 mil, ele se aproxima do que o mexicano oferece por R$ 145.800.
Como avaliados, restam poucas diferenças em termos de equipamentos, como tração integral a favor do CR-V e, pelo lado do IX35, ajuste elétrico do banco do motorista e teto solar duplo. Embora transmitir torque também às rodas traseiras possa ser uma vantagem decisiva para parte dos compradores — aqueles que realmente levarão seu utilitário esporte a terrenos mais severos —, muitos usuários urbanos não teriam maior utilidade para ela, de modo que a relação entre conteúdo e preço do Hyundai se mostra mais convincente.
Quando se passa à análise dos vários quesitos, porém, a situação muda. As notas apontam que o CR-V agrada mais em instrumentos, espaço interno, porta-malas, consumo, suspensão, visibilidade e segurança passiva, enquanto o IX35 revela superioridade apenas em desempenho e transmissão. Percebe-se que o Hyundai atende melhor em termos de resposta ao acelerador, mas deixa a desejar no acerto da suspensão e pela carência de certos itens de conveniência e segurança, além de ser menos espaçoso para a família e sua bagagem.
Assim, o Honda compensa o preço mais alto com um conjunto superior sob vários aspectos e acaba com a mesma nota em relação custo-benefício. No entanto, nenhum dos valores pode ser considerado justo: ambos os modelos estão caros pelo que oferecem, sobretudo ao se considerar que são projetos há tempos no mercado (o Hyundai até já foi substituído no exterior), não recolhem Imposto de Importação (o IX35 nem mesmo tem a desvalorização do real como argumento, pois é nacional) e que pertencem a marcas generalistas, que por tradição deveriam cobrar menos que aquelas de prestígio.
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Nossas notas
CR-V | IX35 | |
Estilo | 3 | 3 |
Acabamento | 4 | 4 |
Posição de dirigir | 4 | 4 |
Instrumentos | 4 | 3 |
Itens de conveniência | 4 | 4 |
Espaço interno | 5 | 4 |
Porta-malas | 5 | 4 |
Motor | 4 | 4 |
Desempenho | 3 | 4 |
Consumo | 4 | 3 |
Transmissão | 3 | 4 |
Freios | 4 | 4 |
Direção | 4 | 4 |
Suspensão | 4 | 2 |
Estabilidade | 3 | 3 |
Visibilidade | 4 | 3 |
Segurança passiva | 4 | 3 |
Custo-benefício | 3 | 3 |
Média | 3,83 | 3,5 |
Posição | 1º. | 2º. |
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